segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Bravo! Bravo!

Certa vez, o talentoso violinista do século passado, Nicolo Paganini, estava dando um concerto diante de um teatro lotado, tocando uma peça musical bastante dificil. Estava cercado por uma orquestra completa que o acompanhava. De repente, uma corda de seu instrumento se partiu, e ficou suspensa. Bagas de suor surgiram na testa do artista. Ele franziu a testa, mas continuou improvisando com as cordas restantes.
Para surpresa do maestro, rebentou-se uma segunda corda, e pouco depois mais outra. Agora, as três cordas pendiam do violino de Paganini, mas o grande violinista encerrou a execução de sua peça na corda restante. Ao final, a platéia se pôs de pé e, com aquele entusiasmo tipicamente italiano, começou a gritar:
- Bravo! Bravo!
Quando os aplausos foram cessando, Paganini pediu ao publico que se sentasse. Embora soubessem que não havia jeito de se ouvir o "bis", todos se sentaram.
O artista ergueu seu violino, para que todos o vissem bem. Fez um aceno de cabeça para 0 regente, indicando-lhe que poderia começar o "bis", depois virou-se para os espectadores e, com um brilho todo especial nos olhos e um sorriso, gritou:
- Uma corda só... e Paganini!
Em seguida, colocou seu Stradivárius sob o queixo e tocou a última peça com uma corda só, enquanto a platéia (e o regente) abanava a cabeça admirada, "Uma corda só... e Paganini!" Mas eu acrescentaria: e uma atitude de firmeza.

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